domingo, 31 de maio de 2009

AVIÕES QUE FIZERAM HISTÓRIA - II




(Foto retirada do Google-The images from the History of Air Cargo and Air Mail Book)
(Foto acima Junkers JU-52 - PP-CBC - sobrevoando o Rio de Janeiro década de 30-Google)



TRIMOTOR JUNKER (JU 52)

O JU 52 um avião confiável, de fácil construção e esteve presente em todas as frentes de batalha da Werhmacht, lançando paraquedistas na Operação Merkur ou evacuando tropas em Kurland.
Isso sem citar sua extraordinária carreira na Aviação Civil na década de 1930 e seu serviço no pós-guerra.
Fabricado na década de 1920, pela Deustsche Lufthansa - Companhia Área Estatal Alemã - considerada a empresa área mais poderosa que existia na época. Com ela, se poderia voar para qualquer parte do mundo no mais absoluto conforto e com toda segurança.
O Ju 52/1m tinha um resistente esqueleto metálico e sua fuselagem era revestida de chapas de duralumínio ondulado, permitindo um menor arrasto em vôo.
Essa aeronave fez o seu vôo inaugural em 03 de setembro de 1930. Apesar de equipada com motores dos mais simples da época, era capaz de acomodar facilmente 17 passageiros.
Os seus pilotos o apelidaram carinhosamente de "Tante Ju"-'Tia Ju', pela facilidade de pilotar e poder operar em qualquer pista a mais rústica que fosse.

No Brasil não foi utilizado como um avião militar, como o fez a Bolívia na Guerra do Chaco de 1932.
Na realidade, 24 aparelhos comerciais operaram, com grande confiabilidade, nos céus nacionais entre os anos de 1933 a 1947.
A maior parte deles foi adquirida pelo Syndicato Condor S/A, o qual, reuniu uma frota de 16 aviões desse tipo e com eles pode desbravar localidades no interior do Brasil nunca antes explorada.

O sucesso foi tão grande, que em 1937, o Brasil já contava com uma rede aérea cobrindo boa parte do litoral oriental nordestino e parte da Amazônia Brasileira, tudo isso graças à versatilidade e robustez dos "Tante Ju".

O uso dos Junkers Ju 52 no Brasil começou a ser descartado no final de 1943, tanto pelo Serviços Aéreos Condor LTDA (nova denominação para o Syndicato Condor S/A) quanto pela Vasp,ambas tinham problemas em manter a frota dos trimotores, principalmente por causa da escassez de peças de reposição.

Foram gradativamente substituídos pelos Douglas DC-3 norte-americanos, por eles transportarem maior número de passageiros e serem mais econômicos.
Os Ju 52 sobreviventes da Vasp, Varig e da Condor foram vendidos para outros países da América Latina, sendo que em 1950 já não havia, praticamente, nenhum desses aparelhos em serviço no Brasil.
Atualmente ainda existe no mundo alguns Junkers Ju 52 em perfeito estado de conservação e em condições de vôo.
Na Alemanha, Suíça, Espanha, França e na África do Sul estão sendo utilizados para vôos panorâmicos.

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AVIÕES QUE FIZERAM HISTÓRIA - I





(Fotos obtidas no Google)


MONOMOTOR LATÉCOÈRE (LATÉ 28)

O avião Laté-28 de Mermoz


Fabricado na França pela Indústria Latécoere,foi usado por Jean Mermoz para fazer a primeira travessia do Atlântico Sul,conduzindo malas postais.

A Compagnie Génerale Aéropostale, que já fazia a linha entre Toulouse, Casablanca e Dacar, pretendia estender sua linha para a América do Sul. Os primeiros testes começaram na década de 1920 a 1930.

Em 01/03/1928, foi inaugurado o primeiro serviço aeropostal para a América do Sul, pela rota de Toulouse a Dacar.

As malas postais eram transferidas para um navio de rápida velocidade que se destinava à Natal, chegando, eram colocadas nos aviões que as levavam até Buenos Aires.

Nos dias 12 e 13/5/1930, Mermoz realizou a primeira travessia do Atlântico Sul usando o hidroavião Laté 28.3 F-JNQ Comandante de La Vaulx, ligando São Luís do Senegal à Natal/RN.
Como navegador levou o francês Jean Dabry e Gimier como operador de TSF (Telégrafo sem fio).
Após 20 horas e meia de vôo ininterrupto, Mermoz pousou em Natal (Rio Grande do Norte), estabelecendo o recorde mundial de distância (3.160 quilômetros) para um avião, realizando vôo sem escala.


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sexta-feira, 15 de maio de 2009

AVIÕES - "O homem há de voar”

Foto 1 (obtida no Google)
Foto 2 (Obtida no Google)

AVIÕES
"O homem há de voar”

(Santos Dumont)

Depois que Santos Dumont criou em 1907, o 'Demoiselle', (do francês “senhorita”), pela sua graciosidade e leveza e sem patentear o seu invento, o avião surgiu simultaneamente em várias partes do mundo, especialmente na Europa e nos Estados Unidos.

Foi uma verdadeira explosão de interesses que despertou entre os ricos aventureiros e os meios esportivos das corridas aéreas.

A 1ª. Grande Guerra (1914/1918) foi a grande responsável em difundir o invento do brasileiro; foi uma arma poderosa,orientava os tiros da artilharia,usado nas missões de reconhecimento, identificação de alvos,bombardeios,combates aéreos, controle e destruição e vôos de ligação.

Com isso, surgiram os grandes ases da aviação, pilotos que se destacaram pela coragem nos duelos aéreos,como o legendário piloto alemão o 'Barão Vermelho'.

Mas aí é outra história...

Como meio de transportes de malas postais e passageiros ,popularizou-se lá pelos anos '20 com o aparecimento dos multimotores.

O simpático Junker JU-52(foto1), um trimotor cujo o vôo inaugural ocorreu na Alemanha em 03 de setembro de 1930,foi um sucesso mundial.Os primeiros aviões da série,eram capazes de acomodar facilmente 17 passageiros. No Brasil foram adquiridos várias unidades dele pelas empresas aéreas VARIG e VASP.
Logo depois, surgiu nos Estados Unidos,o tranquilo Douglas DC-3(foto 2),lançado em 17 de dezembro 1935,um bimotor para uso civil, que participou da frota das principais empresas aéreas do mundo,inclusive às brasileiras.

Na 2ªGuerra,(1939-1945), foi usado com o nome de C-47,versão militar,desempenhando muito bem como um avião de suprimentos das forças aliadas,transportando material bélico,tropas,paraquedistas,médicos e pacientes.
Podia carregar até 2.700 Kg de carga.

Esses dois modelos foram os principais pilares da aviação comercial no mundo, quando ainda não se conhecia a propulsão a jato.


segunda-feira, 11 de maio de 2009









Com a passagem do Monsieur François d´Agay por esta capital, o assunto "Saint-Exupéry em Natal", voltou à mídia e deixou muito mais dúvidas do que as que já se tinha a respeito.
Não tenho a pretensão de ser o dono da verdade,mas a cada fato novo que se apresenta me impulsiona a ir em frente nessa busca.
Os elementos que disponho, há anos de pesquisa,não são suficientes para me convencer da passagem dele por aqui.
O depoimento de Rocco Rosso, que me deu fotografias como sendo do aviador em NATAL, foram submetidas ao Monsieur François, que imediatamente adiantou não se tratar de Saint-Exupéry.
Há alguns anos,procurei por pessoas que se diziam ter estado com o aviador aqui na cidade.O jornalista Nilo Pereira, D. Nati Cortez, D. Severina Alves Barbosa e D. Nair Tinoco,infelizmente foram informações contraditórias e pouco convincentes.
Hoje, estou no aguardo de dois fatos que, poderiam acabar de vez com esta polêmica.

A edição do livro do fotógrafo João Alves de Melo, cujo filho afirma ter foto de Saint-Exupéry em Natal e a permissão da família de D. Amelinha Machado, para que se faça um exame na galeria de fotos antigas que existem no casarão, onde ela dizia, ter almoçado e fotografado o escritor-aviador.
Essas duas oportunidades poderão evidenciar, se é fato, ou apenas uma lenda.


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Um dia para ficar na memória...


Monsieur François d´Agay foi recebido no auditório da Aliança Francesa. Relatou vários aspectos da vida do famoso tio, inclusive, os quatro acidentes sofridos por ele durante a vida de aviador, e respondeu a todas perguntas feitas pelos presentes sem qualquer enfado.

"Ele não escreveu um romance,mas sim histórias de vida",disse ele.

Sobre as fotos que o Sr. Rocco Rosso havia me cedido,imaginando que seria Saint-Exupéry,não tenho mais dúvidas, Monsieur François me confirmou não se tratar do seu sobrinho Antoine.

Presentiei a ele o meu livro ,'SAINT-EXUPÉRY NA AMÉRICA DO SUL', e ele muito gentilmente, me prometeu ler e responder comentando.
Foi um encontro longo,muito agradável ,e ninguém sentiu cansaço.
Em seguida foi servido um coquetel aos presentes.

Uma visita de grande peso para a nossa cidade e para todos os Norte-Rio-Grandenses.

Mais um registro do encontro com Monsieur François


Monsieur D'Agay,a tradutora,a escritora e designer Sheila Dryzun,autora dos livros:"O Pequeno Príncipe Me Disse" e "Antoine de Saint-Exupéry: A História de uma História",o poeta e presidente da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras Diógenes da Cunha Lima,o artista plástico Dorian Gray Caldas e o escritor Pery Lamartine.
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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Monsieur François d' Agay

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Monsieur François d'Agay
Sobrinho e afilhado do escritor-aviador Saint-Exupéry,célebre pela sua obra "O Pequeno Príncipe",esteve esta semana aqui em Natal.
Filho da irmã mais nova do escritor,e fascinado com as histórias que ouvia do tio quando criança, sobre a América do Sul e de algumas cidades do Brasil,como Rio de Janeiro e Florianópolis,logo cedo despertou nele o desejo vir até aqui e visitar todas elas.
" Adoraria conhecer o País inteiro",disse D'Agay.
Já se encontrava no Rio de Janeiro nas comemorações de aniversário da presença da França no Brasil quando aceitou o convite da Prefeitura de Natal .
Sua presença aqui entre nós muito nos honrou .



terça-feira, 5 de maio de 2009

Nossa Senhora do Ó

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A Freguesia de Nossa Senhora do Ó foi criada pelo poder episcopal com sede em Pernambuco , no dia 1º. de setembro de 1858, pela Provisão no. 406, sendo hoje dependente de Caicó.

A Igreja local teve a sua construção iniciada em agosto de 1735.

Em 1774, Manoel Pereira Monteiro e seus filhos resolveram demolir a Capela e erigi-la em outro lugar, com bases mais sólidas. Para isso mandaram vir de Portugal, o artista João Isidoro , que traçou o plano da nova igreja e Tomás de Aquino que foi o mestre das pinturas e desenhos. Resultou na igreja que está até hoje em Serra Negra.

Informações colhidas junto ao historiógrafo Olavo de Medeiros Filho sobre a imagem de Nossa Senhora do Ó, mostram que "ela" existiu na Igreja, foi roubada em junho de 1974, e que teria sido doada pelo Coronel Francisco Antônio de Medeiros, da Fazenda Umari da ribeira do Quipauá, em sinal de regozijo pelo fato de seu filho, Pe. Sebastião Constantino de Medeiros, haver sido designado vigário da nova freguesia.
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domingo, 3 de maio de 2009

Enchentes no Espinharas



Neste ano de 2009 repetiu-se em Serra Negra a mesma enchente que ocorreu no ano de 1934, quando as águas do rio invadiram a cidade deixando os moradores da “rua de baixo” em situação de emergência.

Naquele dia em fevereiro de 1934 o rio estava indomável.
O mês quase terminando e nada se modificava.
À tarde, as águas baixaram um pouco para amanhecer no dia seguinte “pelas barreiras”.
O tempo preparou-se para o lado do Sul com o horizonte “encastelado”. A tardinha, relâmpagos e trovões emendaram desde o Nascente até quase o Poente passando pelo Sul, sem parar um só minuto!
Lá pelas 7 da noite, a chuva chegou acompanhada de vento forte e, permaneceu inalterada, até à madrugada com pancadas mais fortes e mais fracas alternando-se. Percebia-se que o “grosso” daquele temporal estava em cima das cabeceiras do Espinharas.

Quando o dia amanheceu, embora a chuva tivesse passado, as águas do rio subiam de minuto à minuto, já ameaçando a parte baixa da cidade, exatamente onde se situa a Igreja de N.S. do Ó, o Grupo Escolar (hoje Casa da Cultura Oswaldo Lamartine), a rua de baixo onde existia o sobrado do velho Leônidas.
Durante a madrugada, os moradores dessas casas, tinham saído em retirada carregando o que podiam para a parte mais alta em busca de abrigo.
Durante todo o dia, o céu continuou encoberto,mas sem chuva, porém era visível o aumento dos níveis da água.
A correnteza no meio do rio era tão forte que parecia um mar revolto. Constantemente se via passar flutuando tudo que o rio conseguia levar com sua força.
Eram árvores, melancias, animais e até casas arrancadas pelos esteios.
A garotada que se divertia pegando melancias "a nado",dessa vez, faltou coragem de arriscar na brincadeira.
O riacho do açude de Cacimbas teve as suas águas represadas pela força do rio. Bem atrás da igreja, e à certa altura a água já invadia o templo, assim como também a Intendência (Prefeitura).
A Cadeia Pública ruiu, sem nenhum dano mais sério, pois naquele dia não havia ali nenhum detento, assim como nos fundos das casas da rua de baixo.
O nível das águas, atingia uma altura nunca registrada na cidade,chegando até ao coreto do centro da praça.
O momento era crítico e preocupava a todos, especialmente porque as águas não paravam de subir e o "ronco do rio" apavorava, parecia uma fera enraivecida preparando o ataque.
A população cada vez mais assustada tentava se abrigar em lugares mais seguros.
E de onde menos se esperava surgiu o herói do dia, o 'velho Leopoldo'.
Com sua fragilidade, mas com a sabedoria e serenidade dos que já aprenderam muito com a vida,enfrentou o aguaceiro com a sua canoa, navegando pelo meio da praça conseguiu resgatar e ajudar a todos àqueles que necessitavam de socorro.
E assim a cidade sobreviveu a esse susto grande da fúria da natureza mas felizmente com poucos prejuízos.

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sexta-feira, 1 de maio de 2009

.......Serra Negra - Grandes Vaqueiros......

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Grandes "vaqueiros do passado" em Serra Negra


1 - Antonio Votim - Fazenda Bom Sucesso.

2 - Cícero Belo - Fazenda Rolinha.

3 - Epaminondas - Fazenda Rolinha.

4 - Erasmo Goteira - Fazenda Cacimbas.

5 - Família dos Donatos - Fazenda Logradouro.

6 - Hilário Dantas - Fazenda Carcará.

7 - Inácio Gago - Fazenda Saudade.

8 - Luiz Dias - Fazenda Arapuá.

9 - Manoel Inácio - Fazenda Carnaúbas.

10 - Manoel Monteiro - Fazenda Barro Vermelho.

11 - Rafael Alexandre - Fazenda Trapiá.


Grandes "fazendeiros ensaiadores heróis" nas vaquejadas.


1 - Clovis Lamartine de Faria – Fazenda Cacimbas.

2 - Guilherme José da Silva – Fazenda Trapiá.

3 - José Bernardo Mariz – Fazenda Solidão.

4 - José Honorato – Fazenda Abernar.

5 - Lafayete Monteiro de Faria – Fazenda Carnaúbas.

6 - Artéfio Bezerra da Cunha – Fazenda Bom Sucesso.

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E estes homens foram os responsáveis pelo desenvolvimento da criação nas fazendas no município de Serra Negra do Espinharas.

Não podem ser esquecidos...

Para mim estes aí ficarão na história daquela região selvagem e espinhosa mas de tanta beleza.

Na hipótese de haver omitido alguém, me perdoem e por favor entre em contato para ser incluído.


Eles merecem.

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