quinta-feira, 30 de abril de 2009

REVISTA 'PAPANGU'























-Aviso aos serranegrenses -

A revista "Papangu" de março, editada em Mossoró publicou uma boa matéria sobre Serra Negra.

Vamos prestigiar aquela revista comprando um exemplar.
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quarta-feira, 29 de abril de 2009

ESPORTE E TURISMO


(Fotos obtidas no Google)


Serra Negra tem potencial para esportes especiais e turismo


Já faz parte do calendário da cidade uma grande vaquejada e uma cavalgada anual em 9 de agosto,agora só falta desenvolver o montanhismo, usando a Serra "Velha" (Serra Negra) como ambiente para esse esporte.

Seria até uma forma de desenvolver a consciência de preservação da natureza.

Já andei contactando pessoas que se interessam por este esporte mas ainda não tive um retorno da parte deles.

Quem se interessar, fazer contato para que se possa agir junto à Prefeitura de Serra Negra a fim de se conseguir apoio para esta proposta.


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terça-feira, 28 de abril de 2009

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Rio das Pinharas




A denominação do "rio" que banha Serra Negra (Espinharas) foi motivo de muita pesquisa para mim que desejava descobrir a origem daquele nome.

Andei pedindo ajuda até a uma professora amiga que atua em Portugal. Sem resultado. Foi aí que tomei uma decisão: prosseguir na pesquisa seguindo a história daquele sertão, ao contrário .

Daí conclui o seguinte:

1. Os "batedores" iam penetrando de sertão adentro, ocupando os espaços e dando nomes aos acidentes geográficos para facilitar o serviço.
2. Os batedores daquela região era a família "Oliveira Ledo", liderados pelo Sr. Theodósio de Oliveira Ledo, de origem portuguesa e procedente da Bahia, que haviam recebido das autoridades uma grande sesmaria que cobria praticamente todo o curso do "Rio das Pinharas" ( como chamavam primitivamente).
3. Rio das Pinharas, denominava aquele rio que nascia no maciço da Borborema na Paraíba e corria para o Norte até encontrar o Rio de Piranhas já dentro do Rio Grande do Norte.
4. O nome era justificado pela grande quantidade de um arbustro nativo conhecido na região por Pinhão ou Pinhal-(Árvore ou arbusto da fam. das euforbiáceas (Jatropha curcas), nativo das regiões tropicais e cultivado como ornamental, de cujas sementes se extrai um óleo com propriedades purgativas us.na medicina popular, e tb. como biodiesel, lubrificante e na fabricação de sabões; PINHÃO; PINHÃO-DE-CERCA; PINHÃO-MANSO; PURGUEIRA
[Pl.: pinhões-de-purga.]
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ainda hoje abundante no vale do rio.

Aqueles homens rudes,analfabetos, embrutecidos pelo trabalho que faziam, falando um português arcaico do século 18, chamavam simplesmente Rio das Pinharas.
O tempo foi passando, o nome acompanhou os "batedores" de rio abaixo e uma dezena de anos depois eles já emendavam o nome que ficou assim:
'Rio de Espinharas'
Um vício de linguagem foi modificando o nome do rio até chegar como se encontra hoje.
Foi o que consegui.
Caso haja alquém com uma teoria melhor, por favor se manifeste para estudarmos juntos.
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domingo, 26 de abril de 2009

Vaquejada de Serra Negra

. (Foto obtida no Google)

Atenção Serra Negra !!!


A vaquejada de Serra Negra está para acontecer.
Gente, não deixe de prestigiar esse acontecimento esportivo sertanejo.

Maiores detalhes é só falar com "Flávio de Vauban", da Fazenda Mofumbo, que é um dos organizadores.


E por falar em vaquejada, me faz lembrar as "boiadas do Piaui", trazida para Serra Negra pelo meu tio Artéfio.
Era um acontecimento naturalmente comercial de grande movimentação que funcionou até 1936, mais ou menos. Foi quando o interior começou a se encher de estradas e o caminhão acabou com as "Boiadas do Piaui".

Tive a oportunidade de estar presente numa delas,
quando chegavam à Fazenda Bonsucesso 1000 bois de uma só vez.
Um espetáculo nunca esquecido.
Era como uma grande cheia nas terras secas do sertão.
Escrevi um capítulo num dos meus livros sobre esse acontecimento.

Vou tentar reproduzir um trecho emocionante da chegada:


" O sol já estava lá em cima. O calor sufocante nos obrigava a procurar uma sombra de um juazeiro. A natureza parecia que havia parado. O silêncio sertanejo era assustador. Só se ouvia o toque de um chocalho à distância, e o canto das cigarras.

De repente, sentiu-se um rumor estranho no ar que parecia abalo císmico; era o resutado do impacto dos cascos de 1000 bois com o solo endurecido do sertão. Naquele instante, já se ouvia o urro dos bois e o aboio dos tangerinos.


A manada avançava lentamente, de repente os "tangerinos" começaram a boiar diferente: ÔÔÔÔôôôôô... e a boiada foi parando, parando, deixando no ar um rastro de pó misturado com o cheiro emanado da boiada, que invadia as nosssas narinas. Instantes depois a manada estava toda parada e seguidamente ia "malhando", e em pouco tempo os animais estavam "malhados", alguns dando aquele suspiro de cansaço e outros já ruminando algum capim encontrado às beiras das trilhas.

Por sua vez, os "tangerinos" já procuravam locais para pendurar as suas redes e pedras para fazer as trempes necessárias para acender o fogo para ferver as marmitas das refeições".


Para mim, foi uma cena sertaneja inédita e da maior poesia. Nunca aquelas imagens sairam da minha cabeça. Creio que foi a última boiada do Piaui trazida para Serra Negra pelo boiadeiro Artéfio Bezerra, meu tio.


Bons tempos aqueles...


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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Personagens "serranegrenses"

...Personagens PpppPPP
Igreja de Nossa Senhora do Ó de 1774



Capitão Manoel Pereira Monteiro -


Na última metade do século XVIII chegou o Cap. Manoel Pereira Monteiro na região de Serra Negra, onde havia currais levantados por Manoel Barbosa de Freitas, seu tio, que lhe cedera a posse.

Ele chegou ali para ficar, mesmo mantendo residência também em Nossa Senhora do Bom Sucesso do Piancó ( hoje Pombal/PB) onde era autoridade militar e judicial.

Trouxe a família composta de cinco mancebos, entre eles dois padres.

Após a chegada trataram de construir acomodações mesmo precárias e uma capela em louvor à Nossa Senhora do Ó.

Este foi o primeiro núcleo familiar que habitou àquelas terras no longincuo 1728.


Antônio Álvares Mariz -

Bisneto do fundador Manoel Pereira Monteiro, Antônio Álvares Mariz foi morador do Arapuá, uma antiga fazenda fundada pelo "batedor" Theodósio de Oliveira Ledo e vendida posteriormente aos Pereira Monteiro. Com o envelhecimento do avô, Antônio Álvares Mariz, já no posto de Coronel da Guarda Nacional, assumiu o controle político da região. Elegeu-se deputado provincial e com o apoio de Pedro de Araujo Lima, Marquês de Olinda, de quem era parente, conseguia muitos benefícios para a região que dominava.

O Coronel Antônio Álvares Mariz foi sucedido por um filho que teve vida curta e comando da região apoiado pelas "figuras notáveis" da terra passou para Clementino Monteiro de Faria.


Clementino Monteiro de Faria -


Foi o primeiro serranegrense a sair para estudar fora; Foi aluno do colégio do Padre Rolim em Cajazeira/PB. Clementino Monteiro de Faria, tetraneto do fundador da cidade tinha bom nível cultural, grande administrador, moderado e grande articulador.Governou o município por 42 anos e nunca perdeu uma eleição.

A partir dele, os jovens serranegrense se motivaram a ir em busca de novos conhecimentos nas capitais das províncias,o que foi um avanço para cultura local.


Juvenal Lamartine de Faria -


Filho de Clementino Monteiro de Faria, bacharelou-se na Faculdade de Direito e Ciências Sociais de Recife/Pe. Exerceu no Rio Grande do Norte a função de Juiz de Direito do Seridó com sede em Acari; Deputado Federal (várias legislaturas),vice governador do Estado, Senador da República e finalmente Governador do Estado. Seu mandato foi interrompido pela revolução de 30. Grande administrador do Estado e ainda hoje é encontrado a presença dele nas obras que realizou nas áreas da educação, estradas, e aviação.


Dr. Garibaldi Bezerra de Faria -


O primeiro médico serranegrense. Sanitarista era a sua especialização. Sempre trabalhou para o Ministério da Saude onde dirigiu a Campanha de Erradicação da Variola no País. Fez vários cursos na sua especialização nos Estados Unidos. Nunca separou-se de Serra Negra. Sempre estava por lá e o município muito lucrou com suas visitas no que se relaciona à saúde pública.


Dinarte de Medeiros Mariz -


Filho de Manuel Mariz Filho,foi agropecuarista e grande comerciante de algodão na cidade de Caicó.

Entrou na política em 1930, exerceu as funções de Deputado Federal, Governador do Estado e Senador da República de 1963 a 1984,quando faleceu em 09.07.1984.



" DOS CURRAIS AS LETRAS AQUI SE PRATICA".


É a frase criada por um serranegrense para o pórtico de entrada da cidade.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

................BIPLANO.....................................




















No dia 19 de março de 1930, Serra Negra entrou na era da aviação, com a inauguração do campo de pouso local.
O avião usado naquele momento foi um modelo biplano igual ao da foto e pilotado pelo Capitão Djalma Petit conduzindo o Governador Dr. Juvenal Lamartine de Faria, filho da terra. Houve muitas "comemorações".


O biplano era um avião escola, de fabricação inglesa, muito usado até os anos 40. Tornou-se obsoleto e hoje só é usado pelos aficcionados em acrobacias por possuir grande manobrabilidade.
O modelo que inaugurou o campo de Serra Negra chamava-se "Blue Bird".

quinta-feira, 16 de abril de 2009

.Revolução de 30


_A "Revolução de 30" trouxe vários prejuízos para Serra Negra.
Um deles, que ficou na memória do serranegrense ,foi que o governo do estado, num ato de todo poderoso transferiu a Sede da Prefeitura Municipal de Serra Negra para São João do Sabugi.
Foi um ato arbitrário que valeu até quando o governo perdeu as eleições.

_Em São João,a prefeitura ficou na responsabilidade do Sr. Zé Maria um "fiel servidor" do governo revolucionário.

_Esse absurdo valeu até quando o governo perdeu as eleições e prefeitura foi devolvida a Serra Negra.

domingo, 12 de abril de 2009

SERRA NEGRA


A foto é da Serra Negra que deu o nome a cidade.
Sobre o nome consta algumas lendas:
1. Diz-se de uma negra escrava da fazenda que foi apanhar lenha no pé da serra,lá morreu atacada por uma onça. Daí surgiu o nome Serra da Negra,que evoluiu para Serra Negra.
2 . Diz-se que alguns vaqueiros campeando, encontraram uma negra vivendo como selvagem "amontada" na serra. Foi apanhada levada para fazenda onde foi domesticada.
3. Quando chegaram na região os primeiros ocupantes encontraram uma mata fechada na serra e à distância parecia muito escura. Passaram então a chamar Serra Negra.
Pessoalmente sou favorável a última hipótese.

Rio Espinharas

Barragem da Dinamarca em Serra Negra


Ninguém melhor do que o poeta popular José Melquíades da Silva, nascido em Brejo da Borborema/Paraíba, para identificar em verso o curso do rio Espinhara que nasce na Paraíba, entra no Rio Grande do Norte através de Serra Negra e encontra o Rio de Piranhas na localidade chamada Gancho :
"É nas guelas da Serra do Teixeira
Que o Espinharas recebe o enchimento.
Banha Patos, faz curva em Serra Negra,
Continua seu curso violento.
Faz barra no rio de Piranhas
Duas léguas abaixo de São Bento”.
Depois de muitas pesquisas,concluiu-se que o rio, originalmente, chamava-se Rio dos Pinharas ; por um vício da linguagem popular,tornou-se Rio Espinharas.


sexta-feira, 10 de abril de 2009

Livros


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Para quem não sabe já estou na Academia Norte-Riograndense de Letras, 11 livros publicados e dois no forno para sair.
Tenho duas vertentes: Seridó, minha região no Rio Grande do Norte e Aviação; justifico: fui aviador por muitos anos e essa atividade continua para mim uma paixão.

Cheguei a instrutor de vôos e ainda fiz algumas viagens em vôos de aviões cargueiros.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

sábado, 4 de abril de 2009

O Aeroplano, o Sertão e o "Aviador"

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"Naquela noite na Fazenda Cacimbas não se conseguia dormir com tanta ansiedade. Quando a estrela da madrugada saiu, há muito que se tirava o leite das vacas, os cavalos comiam a ração de milho em suas mochilas e os botadores d'água encerravam as suas tarefas. O queijo não foi feito, a coalhada ficou pendurada nos sacos escorrendo para o dia seguinte. Era a pressa de terminar para se ir ver o "aeroplano".

O sol já estava com mais de três braças acima do nascente e o campo apinhado de gente. Mais de 200 pessoas, que naquela comunidade já era multidão. E nada do aeroplano.

Já 10 horas, todo mundo suado pelo calor e pela tensão de espera, quando se ouviu um ronco grave, ensurdecedor, que mais parecia um urubu flexando em carniça ou um redemoinho num roçado de milho seco.

Nesse instante surgiu no céu pelo lado nascente aquele bicho voador em forma de cruz, roncador, de cor metálica, fazendo evoluções graciosas que nem um gavião peneira podia fazer. O povo voltado para o céu, de boca aberta e garganta seca de emoção, presenciando aquele extraordinário fenômeno de o homem voar, numa máquina diabólica, coisa até bem pouco tempo só admitida aos pássaros. Houve explosão de espanto e aplausos, pessoas assustadas correndo para todo lado. O aeroplano fez uma bolandeira no céu e foi descendo em direção ao campo de pouso até tocar no chão com as rodas, levantando uma nuvem de poeira numa corrida sem fim. Nesse momento, deu-se uma reação em cadeia nas pessoas onde nos encontrávamos; tivemos a impressão que o "aeroplano" se dirigia a grande velocidade em nossa direção; foi uma verdadeira debandada pra dentro do mato, saltando moitas, pedras e touceiras de xique-xique. Quando nos voltamos pra olhar, o aeroplano já se encontrava parado e arrodeado de pessoas da Comissão de Recepção.

...e essa visita nunca mais foi repetida, mas para mim foi um fator de influência decisiva nos caminhos que eu iria trilhar no futuro."